sexta-feira, 13 de julho de 2012

Profissões que resistem ao tempo e à tecnologia


DIA DO TRABALHO
  
No Dia Mundial do Trabalho, comemora-se a conquista dos trabalhadores que reivindicaram em 1886 por melhorias e também ressalta a importância de antigas e novas profissões que surgem conforme o avanço das tecnologias

Débora Ceccon

         Dia 01 de maio comemora-se o Dia Mundial do Trabalho. A data serve para marcar o dia daqueles que diariamente deixam seu lar para exercer uma profissão que escolheram para desempenhar. A História do Dia do Trabalho foi marcada pelo ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago, Estados Unidos. Neste dia milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de 13h para 8h diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Após a paralisação conflitos entre trabalhadores e policiais resultou em mortes, e para homenagear os trabalhadores que morreram a fim de reivindicar por melhores condições de trabalho, foi instituído o Dia Mundial do Trabalho.
Nesta data além de ressaltar aqueles que marcaram a história, serve para valorizar todo o trabalhador indiferente da função que exerce. De acordo com necessidades da sociedade, com a evolução do conhecimento que chega cada vez mais rapidamente e com o avanço da tecnologia, aos poucos vão surgindo novas profissões. Neste contexto algumas profissões vão perdendo seu espaço no tempo, porém ainda é possível encontrar quem exerça seu trabalho mesmo que ele seja considerado arcaico. 
É raro encontrar atualmente jovens dispostos a exercer tais profissões, porém ainda é possível encontrar quem ainda não desistiu da função e continua trabalhando como telefonista, ferreiro, sapateiro, alfaiate e barbeiro. Alguns começaram a atividade por opção, outros deram continuidade ao trabalho da família. Mas o certo é que apesar de serem profissões que resistiram ao tempo por serem antigas e avessas a algumas tecnologias, elas continuam sendo essenciais para muitos que ainda procuram esses profissionais.

OS IRMÃOS FERREIROS QUE SEGUIRAM A PROFISSÃO DO PAI
Os irmãos Maximiliano, 29 anos e Zaneti Ciceri 43 anos são filhos do Seu Heitor Ciceri de 67 anos de São Miguel do Oeste. Os dois desde sua infância começaram a trabalhar na ferraria de seu Ciceri primeiro para ajudar ao pai, mas quando adultos a ajuda se tornou profissão dos dois. Os outros quatros irmãos buscaram outras profissões e apenas os dois se dedicaram à Ferraria Ciceri. “Tem coisas que a indústria automatizada não faz, ou até faz, mas não agüenta tanto quanto as ferramentas que a gente faz. Tem coisas que só nós fazemos e tem procura de toda a região até do Paraná”, salienta Zaneti.
 Segundo os irmãos a Ferraria trabalha desde 1991 na Rua Willy Barth em São Miguel do Oeste. Porém o pai da dupla já atua na área há mais de 48 anos. “A gente não pode se queixar, o que temos saiu daqui, só que é um trabalho muito sofrido e judiado”, observa Maximiliano. Segundo ele outro problema é fazer cobrança dos clientes, pois muitos não enxergam a ferraria como uma empresa e sim a comparam com antigas ferrarias e assim atrasam com o pagamento.
Apesar das dificuldades do oficio, os irmãos salientam que ainda é rentável o trabalho na ferraria. Eles afirmam que em media cada um recebe até R$ 2 mil ao mês. “Trabalhar com ferraria ainda está valendo a pena, tanto pela liberdade que o local de trabalho permite quanto ao rendimento mensal”, diz Zaneti.

SEMPRE TEM UM BOM SAPATEIRO PARA UM SAPATO VELHO
O sapato deixou de ser um artigo de primeira necessidade, utilizado apenas para proteger os pés. Atualmente ele representa um estilo, uma tendência de moda e até um fetiche. Mas mesmo com toda a tecnologia empregada nas grandes indústrias de calçados nacionais e, uma infinidade de modelos que seguem as tendências mundiais, o hábito de levar os calçados usados ao sapateiro resiste a tudo isso. Ao invés de comprar sapatos ou sandálias novas, algumas pessoas preferem recuperar os pares já surrados, economizando dinheiro e, na maioria das vezes, os clientes ficam satisfeitos com o resultado.
  Um dos poucos sapateiros que resiste ao tempo e continua atuando na profissão há 35 anos em São Miguel do Oeste é José Mario Agustini de 63 anos, da Sapataria Agustini. Tudo começou em 1975 na cidade de Descanso. Antes trabalhava na agricultura, porém conhecia uma família que tinha uma sapataria a qual ele muito visitava, até que um dia o proprietário da sapataria a vendeu à Agustini. “Dizem que a profissão de sapateiro está extinta, mas para quem continua trabalhando sempre tem trabalho”, observa ele.
No dia a dia a família do sapateiro entra em ação para ajudá-lo principalmente em consertos de calçados. A esposa e filhos ajudam em dias em que o movimento é maior. No passado Agustini conta que trabalhou inclusive na fabricação de calçados, mas atualmente tal atividade não tem mais tanta procura quanto a reforma de calçados. Segundo ele em dias de maior movimento chega a fazer conserto de até 30 calçados. Agustini diz que não sabe responder se vale a pena trabalhar como sapateiro, porém salienta que com tal profissão conseguiu manter sua família por muitos anos, e não pretende deixar de trabalhar enquanto o físico e a saúde permitirem. A renda mensal que Agustini consegue atingir com a sapataria, segundo ele é de quatro salários mensais.
Segundo ele no futuro alguém deve continuar cuidando de sua sapataria. As vezes os filhos dele ajudam na sapataria, porém nenhum deles optou por seguir a profissão do pai. “Se um dia eu morrer acho que a sapataria morre junto”, finaliza.

BARBEARIA DO SEU PACHECO
Mesmo perdendo o espaço para grandes e modernos salões de beleza, os Barbeiros ainda contam com poucos mais fiéis clientes. Seu João Querobin Pacheco de 72 anos, trabalha há 46 anos como barbeiro. Segundo ele escolheu tal profissão, pois desde criança tinha o sonho de trabalhar com barbearia. Ele conta que quando criança observava um tio que já trabalhava na função. As lembranças de Pacheco lembram que no começo sem um curso foi difícil e ainda relata que o primeiro cabelo que cortou foi de um Indígena. Ele recorda ainda que o primeiro cabelo que cortou foi de um Índio. 
Com o passar do tempo, Seu Pacheco comprou uma barbearia usada, e aos poucos foi aprendendo a rotina de barbearia. “Eu tenho clientela fixa, sempre disse que minha clientela quando eu estava numa pior estavam comigo e quando eu estava numa boa também sempre estiveram comigo”, menciona. Ele ressalta que inclusive já teve clientes de quatro gerações, avô, pai, filho e neto, e afirma que é gratificante e a cada dia gosta mais de sua profissão.
 Apesar de estar há doze anos que estou aposentado, nunca pensou em desistir da profissão. Contudo ele diz que procura alguém para substituí-lo no futuro, mas afirma que é difícil encontrar alguém atualmente com interesse de ser barbeiro. “Até que Deu me der saúde eu vou trabalhar. É uma profissão muito necessária, mas é muito difícil achar alguém pra me substituir, há anos procuro um jovem pra aprender comigo e me substituir, porque um dia eu tenho que parar”, observa.
Pacheco além de ser apaixonado pela profissão salienta que financeiramente é uma profissão razoável. “Dá pra viver bem. Lembro sempre do que um amigo me falou: “Não pense que como barbeiro você vai ficar rico, mas você vai viver bem se trabalhar e caprichar”, relata. Segundo ele há alguns anos atrás quando fez uma promoção durante quatro meses cortou 1.645 cortes de cabelos. Ele calcula que o rendimento mensal de um barbeiro chega até R$ 2.500,00.
        

 MÃOS QUE COSTURAM A ELEGÂNCIA
Buscar roupas elegantes e confortáveis é fácil, é só procurar uma loja e comprar. Mas usar uma roupa elegante, com caimento perfeito com as medidas do corpo, só se for uma peça feita pelas mãos de um alfaiate, principalmente quando falamos de ternos, ou trajes masculinos. Ivanir Dalavequia de São Miguel do Oeste, 60 anos, trabalha com linhas, tesoura e máquina de costura há 44 anos, um dos poucos alfaiates que ainda resiste ao tempo. “Para ser um alfaiate é preciso ser muito detalhista, gostar da profissão e ter muita atenção”, lista Dalavequia.
Ele salienta que para aprender a função, precisou de um ano. Na época um primo o ensinou a costurar. Segundo ele ainda poucos o procuram para fazer trajes completos, a maioria buscam seus serviços para consertos e ajustes em roupas.  Segundo ele a peça mais rápida para costurar são as camisas, um terno completo precisa de três dias para ficar pronto e uma semana para ser finalizado.
“O acabamento da confecção melhorou muito, para a gente igualar tem que ser muito caprichoso. A roupa de alfaiataria é uma roupa exclusiva e ainda tem um bom caimento, pois são tiradas as medidas do cliente”, frisa o alfaiate. Segundo ele atualmente é possível ter uma renda de dois salários como alfaiate. Dalavequia diz que mesmo que a profissão tenha decaído, continua na atividade, pois ainda há mercado, mesmo que para reformas e ajustes, mas reconhece que a maioria prefere a facilidade de comprar roupas prontas.

A TRADIÇÃO DA CASA DO FUMO E ERVA
Para quem imagina que as antigas Casas de Fumo, que comercializam fumo de corda, fumo picado e erva mate é coisa do passado, engana-se. Em São Miguel do Oeste, uma das poucas na região que ainda permanecem em atividade possui clientela tradicional e fiel. Pedro Strapasson de 50 anos começou com a atividade há 14 anos. Na época com loja em Iporã do Oeste, Maravilha, Paraíso e São Miguel do Oeste. De lá para cá apenas a de São Miguel do Oeste permanece.
Segundo ele as vendas continuam na mesma média que na época em que iniciou a atividade. Ele lista que o que mais vende ao mês é o fumo de corda, chegando a ser vendido até 60 kg ao mês. O fumo picado vende em média 50kg e 300 kg de erva mate nativa. “Quem é acostumado como fumo crioulo não larga do crioulo”, salienta. Ele ressalta que os consumidores da região buscam os produtos todos os meses. “O pessoal jovem não tem essa tradição, é normal que um dia isso caia, mas por enquanto tem mercado”, reforça.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Adoção de animais, um ato de amor



A cadelinha Belinha sofria de maus tratos pelos antigos “donos” por meio de uma denuncia a ONG Amigo Bicho a salvou e Elizabeti Melo a acolheu em sua casa

Débora Ceccon

Diariamente vários animais em toda parte do mundo animais são abandonados à mercê da própria sorte ou então maltratados pelos seus “donos”. São cachorros e gatos abandonados em ruas, terrenos baldios. Porém, para o bem destes, nem todos os animais tem um final triste, como no caso da cadelinha Belinha, encontrada pela ONG Amigo Bicho de São Miguel do Oeste em 2010. Belinha é um dos poucos casos de animais que passou por momentos de sofrimento e no final, teve a felicidade de ser adotada por alguém que lhe dê amor e carinho.
A Belinha adotada pela bibliotecária, Elizabeti Melo há dois anos, foi salva por meio de uma denuncia para ONG. Duas integrantes do grupo, que atenderam a denuncia encontraram a cadelinha sem comida, sem bebida, e amarrada com graves ferimentos no pescoço na casa dos antigos donos. A pequena cadelinha passou por um tratamento em clinica veterinária e foi adotada por Elizabeti.  “Eu sempre cuidei de animais, sempre gostei. Quando vi pela página da rede social da ONG aquela cachorrinha e li sua história, chorei muito e decidi que a Belinha seria minha”, relata a bilbiotecaria.
Belinha que passou por maus tratos pelos seus antigos donos, vive agora no apartamento de Elizabeti, porém apesar da atenção, amor e carinho, ainda tem marcas do seu passado. “Ela chegou à minha casa com seu cachorrinho de pelúcia Pierre junto e chegou também com uma seqüela emocional. Belinha não se deixa pegar no colo, mesmo com todo o carinho que ela tem hoje em casa, ela tem resistência ao tentarmos pegar ela, mas ela vem até a gente por vontade própria”, relata Elizabeti.
A bibliotecária que sempre cuidou de animais que apareciam em sua casa feridos. Ela reforça que Belinha a cativou com sua história de vida e há dois anos cuida dela com muito carinho, inclusive dorme junto dela todas as noites. “O ser humano se dá o direito de se chamar de ser humano e se diferenciar dos animais pela inteligência, mas não dá para dizer isso, pois o ser humano perdeu o respeito pela própria vida e a sensibilidade. O animal nos torna mais sensíveis e mais humanos”, argumenta.


Aquário Plantado, um ecossistema dentro de casa



O fascínio da fauna e da flora do fundo do rio dentro de casa, uma obra de arte natural que encanta  

Débora Ceccon

Você já imaginou ter dentro de casa as belezas do fundo de um rio ou do mar dentro de sua casa? Sabia que isso é possível? O dentista Daniel Milani de São Miguel do Oeste fascinado pela beleza dos peixes e plantas realizou um sonho, trazer para dentro de seu consultório mais vida, construído um aquário plantado de água doce. Daniel explica que o projeto precisou de seis meses de estudo para ser construído. “São plantas naturais, tudo é natural. O que difere do rio é que na base tem areia de filtro de piscina, ou seja, você cria um ecossistema”, salienta.
As plantas e peixes em sua maioria Milani comprou pela internet vindas do estado do Rio de Janeiro. Atualmente vivem no aquário mais de 35 peixes, entre um da espécie Disco, outros Molinesias, Neon, Cascudos e um Acara Bandeira. Ele observa que muitos peixes se reproduzem no aquário, inclusive em uma oportunidade chegou a doar mais de 30 peixes produzidos dentro do aquário. “Para mim um aquário desses é uma obra de arte. Para alguns um quadro é uma obra de arte, para mim o aquário é uma”, revela.
No caso do aquário plantado ao contrário de outros aquários onde é necessário oxigênio, Daniel Milani explica que no caso para equilibrar o ph da água, é necessário inserir Gás Carbônico, já que o oxigênio é produzido pelas plantas através da fotossíntese que elas realizam com a exposição das lâmpadas instaladas no aquário. A estrutura que tem 1m40cm de comprimento, 60 cm de altura e 40cm de largura, tem capacidade de 336 litros de água.  Segundo ele a troca parcial da águia é feita a cada 7 ou 15 dias, onde é retirada aproximadamente 30% da água do fundo.  

Milani observa que ter um aquário plantado exige de uma a duas horas para poda das plantas e limpeza a cada semana. Ele reconhece que o trabalho não lhe cansa, pois se diz apaixonado pelo aquário e os peixes. Ele recorda que foram meses de estudo para buscar o que melhor cabia ao projeto, desde o móvel, iluminação, filtros, plantas e base para o plantio das flora e já adianta que pretende ainda no futuro ampliar o aquário.  “Se você quiser ter a fauna e a flora de um rio asiático dentro de casa você pode, ou então do Rio Bonito, você pode ter, isso que é fascinante no aquarismo”, diz Milani. 

Hobby garante renda extra e rende momentos de lazer

Vou voltar a postar aqui algumas das minhas matérias... 


Hobby de confeccionar brinquedos em madeira do leiturista Leonir Schafer garante renda extra para a família e ainda representa lazer diário na rotina do dia a dia

 SÃO MIGUEL DO OESTE

 Débora Ceccon

       O dia a dia no trabalho de Leonir Schafer de São Miguel do Oeste, morador do bairro Salete, é de muita caminhada ao sol quente ou no inverno enfrentando o mau tempo com muita chuva e frio. O leiturista de uma companhia de energia, Leonir Schafer, buscou em suas horas vagas um hobby que além de proporcionar momentos de lazer, também garantisse uma renda extra sem ter a necessidade de sofrer com o calor do sol. Há dois anos ele se dedica nas horas vagas, a fazer brinquedos e utilidades com madeira todos com detalhes talhados um a um à mão cheios de detalhes e carinho que ele emprega na confecção de cada um. 
      Em um pequeno galpão improvisado nos fundos da casa, Schafer trabalha e ao mesmo tempo se distraí no final do dia após o expediente. Brinquedos de crianças, carrinhos, aviões, cavalinhos, baús, cadeiras, porta cuia, e várias utilidades em madeira vão aos poucos tomando forma nas mãos de Schafer que cuidadosamente se preocupa com cada detalhe dos objetos. Segundo ele todos são criados a partir de suas idéias e criatividade, sem se basear em outra peça já pronta. Schafer conta que a ideia de trabalhar com artesanato surgiu quando buscou uma alternativa de renda extra que não dependesse de trabalho pesado e do calor do sol o qual tem contato diariamente em seu atual emprego. A partir da ideia, comprou ferramentas, improvisou outras e começou a desempenhar a atividade que realiza com carinho e dedicação diária. “Eu já trabalhava de pedreiro, atualmente caminho o dia inteiro no sol, foi quando surgiu a idéia de fazer uma atividade alternativa para uma renda extra, o artesanato. Comprei um dia uma circular, improvisei algumas ferramentas, fiz o primeiro carrinho pro meu filho e todo mundo gostou”, relata. ,

A MAGIA DO BRINQUEDO NA MADEIRA 
       Se engana quem pensa que os brinquedos fabricados pelas mãos de Schafer só agradam as crianças. O Artesão conta que assim que começou a divulgar a atividade por meio de feiras e pequenas exposições que participou, várias pessoas conheceram seu trabalho e passaram a fazer encomendas. Inclusive ele conta que empresas de transportes e construtoras encomendaram carrinhos simulando a frota para expor em suas empresas. “No começo tinha gente que olhava e dizia que eu não ia vender, mas quando percebi, não vencia fazer todas as encomendas que chegavam”, garante. A satisfação de Schafer está em ver a peça pronta, com cada detalhe feito meticulosamente para chegar o mais próximo do real. Ele afirma que os brinquedos confeccionados por suas mãos são especiais, pois além de serem duráveis pelo material, são bonitos pelos detalhes. “Na hora as pessoas olham e nem dão atenção, mas aos poucos quando vou colando e pregando as peças e depois de pronto quando é envernizado ele muda totalmente”, reconhece. A novidade nos brinquedos de Schafer, como carrinhos, caminhões, são as suspensões que Schafer inventou para chegar ainda mais próximo do real e encantar as pessoas. Ele conta que a maioria fica admirada com a semelhança que tem com um veículo real. Um pedaço de metal com dobras fixados no carrinho e nas rodas, fazem o papel de uma suspensão bem semelhante ao movimento de um veículo real. “O pessoal fica admirado perguntando como eu consigo, eu respondo que são detalhes”, revela. Ele conta que muitos adultos ao verem os detalhes que as peças tem, ficam admirados pela perfeição. 
  HORAS DE DEDICAÇÃO AO ARTESANATO 
        Diariamente Schafer passa aproximadamente quatro horas no galpão trabalhando com artesanato. Assim que chega em casa do trabalho, ele deixa as preocupações diárias de lado, e passa a usar o tempo livre e criatividade para fabricar as peças. “As vezes a minha esposa ou filho tem que me chamar para jantar, porque se não as horas passam e eu esqueço”, relata. Segundo ele, Um carrinho de porte pequeno, leva em média 3 horas para ser confeccionado. Schafer faz três por dia. As peças são cortadas uma a uma, após coladas e pregadas, recebem pintura. 
      A madeira utilizada é o cedro e pinheiro que juntas dão destaque de cor, pois dão de tonalidades diferentes e depois de prontas recebem uma camada de pintura com verniz. Schafer salienta que a madeira é recolhida em madeireiras. “Além de durável os brinquedos que faço contribuem com a natureza, pois utilizo restos que talvez a madeireira não utilizaria”, diz.
Schafer ressalta que uma das melhores sensações é perceber que as pessoas gostam das peças elaboradas por ele. Todos os finais de semana, ele abre sua casa, para mostrar o material que produz e ele garante que a casa geralmente enche de curiosos. Além disso, o artesão participa de exposições na cidade e em municípios vizinhos.