A cadelinha Belinha
sofria de maus tratos pelos antigos “donos” por meio de uma denuncia a ONG Amigo
Bicho a salvou e Elizabeti Melo a acolheu em sua casa
Débora Ceccon
Diariamente vários animais em toda parte
do mundo animais são abandonados à mercê da própria sorte ou então maltratados
pelos seus “donos”. São cachorros e gatos abandonados em ruas, terrenos baldios.
Porém, para o bem destes, nem todos os animais tem um final triste, como no
caso da cadelinha Belinha, encontrada pela ONG Amigo Bicho de São Miguel do
Oeste em 2010. Belinha é um dos poucos casos de animais que passou por momentos
de sofrimento e no final, teve a felicidade de ser adotada por alguém que lhe
dê amor e carinho.
A Belinha adotada pela bibliotecária,
Elizabeti Melo há dois anos, foi salva por meio de uma denuncia para ONG. Duas
integrantes do grupo, que atenderam a denuncia encontraram a cadelinha sem
comida, sem bebida, e amarrada com graves ferimentos no pescoço na casa dos
antigos donos. A pequena cadelinha passou por um tratamento em clinica
veterinária e foi adotada por Elizabeti. “Eu sempre cuidei de animais, sempre gostei.
Quando vi pela página da rede social da ONG aquela cachorrinha e li sua
história, chorei muito e decidi que a Belinha seria minha”, relata a
bilbiotecaria.
Belinha que passou por maus tratos pelos
seus antigos donos, vive agora no apartamento de Elizabeti, porém apesar da
atenção, amor e carinho, ainda tem marcas do seu passado. “Ela chegou à minha
casa com seu cachorrinho de pelúcia Pierre junto e chegou também com uma
seqüela emocional. Belinha não se deixa pegar no colo, mesmo com todo o carinho
que ela tem hoje em casa, ela tem resistência ao tentarmos pegar ela, mas ela
vem até a gente por vontade própria”, relata Elizabeti.
A bibliotecária que sempre cuidou de
animais que apareciam em sua casa feridos. Ela reforça que Belinha a cativou
com sua história de vida e há dois anos cuida dela com muito carinho, inclusive
dorme junto dela todas as noites. “O ser humano se dá o direito de se chamar de
ser humano e se diferenciar dos animais pela inteligência, mas não dá para
dizer isso, pois o ser humano perdeu o respeito pela própria vida e a
sensibilidade. O animal nos torna mais sensíveis e mais humanos”, argumenta.
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