segunda-feira, 26 de março de 2012

Elegância

Já que o termo elegância foi muito comentado últimos dias...um textinho sobre o que realmente é elegante e importa. :) Aproveitem.


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
“É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... "
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza, atitudes gentis falam mais que mil imagens...
...Abrir a porta para alguém...é muito elegante (Será q ainda existem
homens assim?)...
...Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante...
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
...Oferecer ajuda...é muito elegante...
...Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.

Toulouse Lautrec

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pensa que é fácil completar 25 anos?


Quando eu pensava em mulheres de 25 anos, ainda na minha adolescência eu visualizava mulheres profissionalmente realizadas, com casa própria, carro, um ótimo emprego, quem sabe casadas, investindo em algo rentável, independentes e felizes. Pois bem, eu fiz 25 anos na semana passada. Eu não estou nada perto do que eu visualizava no passado. Não me acho adulta assim como imaginava que seria com 25 anos. Não estou dizendo que não sou responsável e adulta, mas ainda me sinto ainda inocente e criança para algumas coisas.
Não eu não estou casada, nem com filhos, mas tenho meu carro e moro sozinha. O Apartamento não é meu, mas pago o aluguel dele. Estou começando uma nova fase na vida profissional, nunca investi em grandes negócios, quem sabe móveis, roupas novas e um gato para fazer –me companhia.
Mas mesmo assim, completei 25 anos. Como diria uma amiga minha, agora temos cremes para nossa idade, porque antes dos 25 nenhuma empresa de cosméticos faz um hidrante especifico para a idade, só a partir dos 25. Então é basicamente isso que mudou. Continuo sendo a mesma, em busca da realização dos meus projetos, sonhos. Ainda não sou aquela mulher independente que imaginei, mas um dia chego lá, quem sabe quando for uma mulher de 30.
Outra coisa que vem á cabeça quando completamos 25 é, MEU DEUS FALTAM SÓ 5 ANOS PARA 30! Ou então como me disse outro dia uma pessoa, representa ¼ de um século! My God. E há quem diga, só 25? Nossa queria eu estar completando meus 25...

E para terminar um textinho:
A mulher de 25
E a partir daquele dia ela usa creme anti-rugas.
Ela se penteia, pensando no roteiro de tarefa diária e se descabela ao longo do dia.
Amamenta seus sonhos recentemente realizados, enquanto se engravida com novos projetos e realizações.
A mulher que sabe qual perfume usar, que roupa vestir, que sapato não aperta e qual alimentação é mais saudável é a mesma que se confunde com quem vai pra festa, quem vai pro altar, quem vai pra casa da avó, quem vai pro coração.
E ela chora com terrorismo, e ela ri com terror. Chora com vandalismo, ri com Vanda, Rafaella, Ana Cláudia, Hellen e Edú.
Chora e ri com despedidas. Chora e ri com "Eu te amo". Chora e ri com "Faça-me o favor". Chora quando dói o estomago. Ri quando dói a consciência. Chora quando dói o coração. Ri quando dói os ouvidos.
Sem vergonha admite os gostos musicais, as leituras e os erros que já cometera.
Dorme onde puder, volta quando quiser.
Lê e conta o que leu.
Dinâmica.
Alternativa.
Se descobre a mulher que é.
E faz de conta que sempre foi, que é pra não chamar atenção.
Passa 10 horas com um amigo e não consegue colocar a conversa em dia.
Passa a vida. Passam os dias.
E ela treme com o frio que vem do ar-condicionado. Ela treme com angústia, com decepção. Ela treme de medo de dormir sem ninguém ao lado. E treme se a porta faz barulho, pra chegar quem quer que seja. Ela treme.
Se afasta de inimigos. Se achega nos amigos. Ela não teme. Ela treme.
Chora, dorme, sente... Ela é simplesmente a mulher.
Que toma leite, que escova os dentes, que coloca um chinelo para ir à padaria, que coloca o despertador pras 6h30 todo dia. Que acha o domingo estranho. Que ama. Que é amada.
Ela é a mulher de 25 que acabou de nascer.
E a partir daquele dia, passa a usar creme anti-rugas.
Iaiá Correia

segunda-feira, 5 de março de 2012

A linha da vida...


Há alguns dias atrás tive um sonho estranho e um tanto quanto intrigante, pelo menos eu achei. Sonhei que estava em um ambiente o qual não consigo descrever em detalhes, mas sem mais nem menos, uma mulher, com saia longa, cabelos igualmente longos e escuros, muitas jóias nos pulsos e dedos se aproximou.
Assim que aquela mulher que jamais vi se aproximou, ela também ao mesmo tempo pegou em uma das minhas mãos, passou um dedo indicador no centro dela e me olhou nos olhos dizendo: "Tua linha da vida é curta, está me entendendo?"
Eu naquele momento vi ela se afastar e concluí, tenho pouco tempo de vida e nunca me dei conta de que um dia a vida acaba. Nessa hora acordei, e contei meu sonho assim que abri os olhos, ainda um pouco confusa. E desde então andei pensando muita coisa com relação à isso. Às vezes, quase sempre, não nos damos conta de que estamos aqui temporariamente. Vivemos nossos dias como se nossa vida fosse eternamente aqui na terra do jeito que estamos. É claro que não podemos viver esperando o dia do fim, mas é importante saber que não estaremos aqui para sempre, e que nem tudo podemos deixar para amanhã, nem mesmo o lixo para limpar, nem mesmo o sono para tirar, nem mesmo aquela palavra a dizer.
Amanhã pode ser tarde mesmo. Chega a ser reduntante, mas é a mais pura verdade, amanhã, depois, daqui a pouco, pode não chegar...E aí na hora de partir nos sentiremos completos?
Mas voltando ao sonho, quando acordei perguntei para a primeira pessoa que encontrei, tá mas qual é a linha da vida mesmo? Não que eu acredite, mas só para desencargo de consciência, uma delas é mais extensa que a outra, vai ver a cigana lá que viu minha mão tá precisando de óculos.. hehehehe....

Relato de um domingo


Hoje resolvi ir num almoço diferente. Festa do Frango em uma comunidade do interior. Me arrependi a morte antes mesmo de chegar na vez de me servir. Um calor desgraçado, lugar lotado, com o povo dentro do pavilhão socado se acotovelando. Crianças correndo outras se beliscando e gritando. Algumas pessoas desfilando desiquilibradamente em saltos agulhas em um chão empoeirado...
Calor, Calor Calor.
Finalmente uma mesa livre e as pessoas se aglomeravam como moscas em torno dela. Fui me servir e a tal festa do frango tinha dois pratos feitos a base de frango, um deles lasanha de frango e o outro um frango recheado, que por sinal estava uma delicia, mas esperava que por ser a festa do frango teria mais pratos com o tal ingrediente principal.
Mas tudo bem. Sentar na mesa naquele calor de mais de 40 graus no lombo, todo mundo junto, sem nem ao menos poder cortar um pedaçino de carne para não matar o vizinho ao lado ä cotoveladas, não foi fácil. Fiz minha refeição em poucos minutos e zarpei para perto de uma janela.
Agora vou te contar, é por isso que eu odeiooooooooo almoçar em festa.
Desde criança odiei, e continuou odiando. OUvi muita gente dizer hj, nossa vc aqui almoçando que milagre. É não vou ouvir essa frase novamente tão cedo porque hoje a dose foi cavalar. Nada melhor do que arroz e ovo frito na calmaria da nossa casa. Pelamor.