segunda-feira, 12 de março de 2012

Pensa que é fácil completar 25 anos?


Quando eu pensava em mulheres de 25 anos, ainda na minha adolescência eu visualizava mulheres profissionalmente realizadas, com casa própria, carro, um ótimo emprego, quem sabe casadas, investindo em algo rentável, independentes e felizes. Pois bem, eu fiz 25 anos na semana passada. Eu não estou nada perto do que eu visualizava no passado. Não me acho adulta assim como imaginava que seria com 25 anos. Não estou dizendo que não sou responsável e adulta, mas ainda me sinto ainda inocente e criança para algumas coisas.
Não eu não estou casada, nem com filhos, mas tenho meu carro e moro sozinha. O Apartamento não é meu, mas pago o aluguel dele. Estou começando uma nova fase na vida profissional, nunca investi em grandes negócios, quem sabe móveis, roupas novas e um gato para fazer –me companhia.
Mas mesmo assim, completei 25 anos. Como diria uma amiga minha, agora temos cremes para nossa idade, porque antes dos 25 nenhuma empresa de cosméticos faz um hidrante especifico para a idade, só a partir dos 25. Então é basicamente isso que mudou. Continuo sendo a mesma, em busca da realização dos meus projetos, sonhos. Ainda não sou aquela mulher independente que imaginei, mas um dia chego lá, quem sabe quando for uma mulher de 30.
Outra coisa que vem á cabeça quando completamos 25 é, MEU DEUS FALTAM SÓ 5 ANOS PARA 30! Ou então como me disse outro dia uma pessoa, representa ¼ de um século! My God. E há quem diga, só 25? Nossa queria eu estar completando meus 25...

E para terminar um textinho:
A mulher de 25
E a partir daquele dia ela usa creme anti-rugas.
Ela se penteia, pensando no roteiro de tarefa diária e se descabela ao longo do dia.
Amamenta seus sonhos recentemente realizados, enquanto se engravida com novos projetos e realizações.
A mulher que sabe qual perfume usar, que roupa vestir, que sapato não aperta e qual alimentação é mais saudável é a mesma que se confunde com quem vai pra festa, quem vai pro altar, quem vai pra casa da avó, quem vai pro coração.
E ela chora com terrorismo, e ela ri com terror. Chora com vandalismo, ri com Vanda, Rafaella, Ana Cláudia, Hellen e Edú.
Chora e ri com despedidas. Chora e ri com "Eu te amo". Chora e ri com "Faça-me o favor". Chora quando dói o estomago. Ri quando dói a consciência. Chora quando dói o coração. Ri quando dói os ouvidos.
Sem vergonha admite os gostos musicais, as leituras e os erros que já cometera.
Dorme onde puder, volta quando quiser.
Lê e conta o que leu.
Dinâmica.
Alternativa.
Se descobre a mulher que é.
E faz de conta que sempre foi, que é pra não chamar atenção.
Passa 10 horas com um amigo e não consegue colocar a conversa em dia.
Passa a vida. Passam os dias.
E ela treme com o frio que vem do ar-condicionado. Ela treme com angústia, com decepção. Ela treme de medo de dormir sem ninguém ao lado. E treme se a porta faz barulho, pra chegar quem quer que seja. Ela treme.
Se afasta de inimigos. Se achega nos amigos. Ela não teme. Ela treme.
Chora, dorme, sente... Ela é simplesmente a mulher.
Que toma leite, que escova os dentes, que coloca um chinelo para ir à padaria, que coloca o despertador pras 6h30 todo dia. Que acha o domingo estranho. Que ama. Que é amada.
Ela é a mulher de 25 que acabou de nascer.
E a partir daquele dia, passa a usar creme anti-rugas.
Iaiá Correia

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