terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu comigo mesma


Às vezes penso que as loucuras do dia a dia terminam com as pessoas pouco a pouco, sem que elas percebam.
Até que tudo vai se afunilando, se tornando insuportável.
E viver parece não ter mais entusiamo, parece uma obrigação.
Os planos vão desaparecendo, os projetos indo por água à baixo.
Pessoas vão se afastando, e o casulo cada fez mais se fechando.
Dor, solidão, escuridão. Morte lenta.
Sem que ninguém perceba, porque o mundo anda rápido, tempo é dinheiro, e ninguém tem tempo de sobra para olhar para seus problemas.
Você aprende a comversar com plantas, até que as mesmas se cansem de suas conversar patéticas e murcham.
Você aprende a matar tempo lavando, limpando, passando ou então na pior das hipóteses, comendo!
Aprende como pode ser interessante olhar pela janela e ver somente prédios, fundo de quintais, sobras de um dia chegando ao final.
Você aprende a se virar sozinha se sobreviver até o outro lado da margem, mesmo sem saber nadar, mesmo sem ter colete ou bote salva-vidas.
As lágrimas e fazem companhia no jantar a luz de velas que você preparou e que come sozinha.
Frustração!
Isso também passa.
Então sozinha em meu canto, com meus problemas, minhas dúvidas, loucuras, decepções, vou sobreviver e voltar mais forte. Quem sabe assim eu goste de ficar assim, na minha companhia, só na minha companhia, e me acostume com a idéia.
Eu sei que eu nunca me abandonarei, já os outros...nunca se sabe.

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